Apresentações dos oradores

Julia Twigg

Dress, Embodiment and the Cultural Turn in Age Studies

This keynote explores the role of cultural analysis in the study of later years, using the example of clothing and dress to suggest how we need to go beyond a focus that looks simply at old age in terms of frailty or public policy - though these are important subjects - to explore the cultural constitution of age and its impact on day to day experience.

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The session focusses on the role of consumption, and in doing so engages with the broader significance of the Cultural Turn for the study of ageing. Clothes intersect with key issues in gerontology, in particular ones relating to the body and its cultural expression. Clothes, for example, are part of how social difference is made manifest.

Though we are accustomed to this in relation to class and gender, it applies to age also. Exploring the ways clothes are age ordered thus allows us to interrogate age as a form of identity and a social category. It also allows us to examine arguments about change, particularly though debates on the reconstitution of ageing and the potential role of consumption culture in this.

Fernando Brandão Alves

Desenhar Ambientes Amigos do Idoso

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O envelhecimento da população e a urbanização são duas tendências globais que juntas representam as principais forças que moldam o século XXI.

Entre os cidadãos, os idosos são mais provavelmente aqueles que estão mais disponíveis para se envolver com novas formas de vida pública, destacados da forte tendência geral de seguir as esferas sociais virtuais e, portanto, ajudar a gerar novos espaços e vida pública.

A escala de aplicação visa os princípios do desenho urbano para responder ao efeito cultural emergente do envelhecimento da população, em referência a novas políticas locais / governança e profissionais para obter práticas de desenho urbano amigas ​​dos idosos, atendendo à contribuição do envelhecimento ativo dos cidadãos como veículo para potencializar novas formas de vida pública, explorando o conceito de design e programas urbanos amigos dos idosos.

Em relação a isso, está emergindo um novo paradigma de cultura sobre o envelhecimento ativo numa perspetiva humanista do desenho urbano, que pode constituir uma ferramenta inovadora para potencializar a vida pública em contraste com a rede porosa dos espaços e das nossas vidas virtuais diárias.

Palavras-chave: vida pública; qualidade do espaço público; lugares amigos ​​do idoso; desenho urbano; lugares vividos; programas municipais.

Hélder Lopes

Desenhar políticas, repensar territórios: estratégias de valorização de espaços envelhecidos

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Ao longo dos anos, as áreas rurais têm sofrido alguns problemas de despovoamento e, consequentemente, de envelhecimento, associado à incapacidade de fixar e manter indivíduos nestas áreas.

O desenvolvimento mais sustentável dos municípios ou regiões em áreas rurais requerem uma estratégia mais adequada para que seja possível responder aos problemas que se associam a estes territórios mais periféricos, designadamente o combate ao despovoamento, ao envelhecimento, à fragilidade do tecido económico, à debilidade da espessura institucional, bem como ao encerramento de equipamentos e serviços básicos, tais como os cuidados de saúde. Neste sentido, vários municípios têm desenvolvido inúmeras estratégias de desenvolvimento territorial, onde procuram verter políticas setoriais adaptadas, capazes de garantir a valorização dos recursos endógenos, e diminuir o envelhecimento destes espaços geográficos. Uma das áreas setoriais de atuação pode assentar na atividade turística, onde é possível mitigar os fenómenos de despovoamento e contribuir para o robustecimento da economia local e/ ou regional.

Ainda assim, é fundamental considerar-se que a convergência territorial inerente a estas estratégias é ainda muito pouco visível em alguns dos territórios e as repercussões de uma mesma solução têm impactes muito distintos, em função das potencialidades e das oportunidades locais, muitas das vezes antagónicas.

Michael Bol

Dementia Village Project

'As an architect Michael Bol creates custom living environments for elderly people with dementia. No big anonymous buildings, but instead manageable and pleasant residential areas. Where it is comfortable for everyone to live.

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Where residents feel safe at home, connected with family, caregivers and healthcare providers.
One of his most famous projects is The Hogeweyk - NL: common recognizable and familiar building blocks are designed, organized en built from a social approach. Look at day to day life and create conditions for the residents so that they are challenged by recognizable incentives to remain active in daily, precious life.

Small groups residents with shared interests and backgrounds live together in a lifestyle-group. The design and decoration of the homes and surroundings is tailored to the lifestyles. Michael is convinced that his holistic approach matters for people who care and that his process of co-desiging can make a difference for the residents, family, caregivers and healthcare providers.'

Simone Bracht Burmeister

Autonomia e independência como fator de proteção, saúde e qualidade de vida no envelhecimento.

Em 2017 o Instituto Datafolha (Instituto de pesquisa privado) realizou uma pesquisa em todas as regiões do Brasil com 2700 idosos para identificar quais são os principais medos da velhice. A pesquisa mostrou que 84% têm medo da dependência física e 83% tem medo da dependência mental ou perda de autonomia.

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Na prática do consultório as questões da autonomia e independência surgem tanto na fala dos idosos quanto dos familiares. Eles se perguntam até quando morar sozinho, até quando dirigir o próprio carro ou quando haverá a necessidade de ter acompanhantes ou cuidadores. Há uma dificuldade para definir a linha divide a independência e o cuidado. Como avaliar as capacidades do idoso e os riscos ao mesmo tempo em que se valoriza e estimula a independência?

Manter a autonomia e independência são características de saúde, mas também são fatores de manutenção da saúde física e emocional. Idosos autônomos e independentes são mais ativos e participativos na sociedade e na família e por isso também menos expostos à discriminação e à violência.

Mesa Redonda - Sono e a Idade

Organizado por: Associação Portuguesa de Microbiologia do Sono

O sono adequado é um requisito fundamental à vida, ao bem-estar e à saúde. Porém, o sono varia ao longo do processo normal de envelhecimento e as necessidades, quer as relacionadas com o tempo/duração, quer as relacionadas com a qualidade e características estruturais especificas do sono, variam em cada etapa, relacionando-se com a idade biológica, com a idade cronológica e com diversos factores directa ou indirectamente associados a cada uma dessas etapas. Se na criança existe um salto no desenvolvimento, para o qual o sono contribui de forma significativa com aspectos concretos da sua fisiologia, a actividade laboral comum da fase adulta contribui inexoravelmente para algumas das caracteristicas e para alterações tipicas comuns neste escalão etário. A idade avançada, para além de um decréscimo normal do tempo de sono está associada a uma maior prevalência de patologia e do uso de medicação capaz de interferir, sob multiplos aspectos, na qualidade de sono.

Neste simposio o sono será abordado de acordo com a cronologia do desenvolvimento e envelhecimento humano integrado no estado de saúde e no estado de doença que inevitavelmente nos atinge ao longo da vida.

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Mesa redonda: Proteção social e comunitária das pessoas idosas

Considerando a complexidade que o fenómeno do envelhecimento coloca hodiernamente às famílias, às comunidades e ao país, o Instituto Superior de Serviço Social do Porto (ISSSP), enquanto instituição de ensino superior especialmente dedicada à formação de assistentes sociais e gerontólogos sociais associa-se à 1ª edição do congresso multidisciplinar sobre o envelhecimento “Let’s Talk About Ageing, integrando uma mesa redonda intitulada: “Proteção social e comunitária das pessoas idosas.

Partimos da assunção de que o envelhecimento socialmente ativo e integrado pressupõe não apenas a conquista de mais anos à vida, mas a conquista de uma vida com saúde e qualidade, e com a garantia do acesso a recursos sociais, económicos e emocionais que se consubstanciem em trunfos para enfrentar os desafios inerentes a esta etapa do ciclo vital. Neste sentido, entendemos importante disseminar três exemplos de projetos que se assumem como boas práticas de intervenção no envelhecimento: O Porto de Abrigo, enquanto exemplo de uma instituição residencial certificada pela filosofia da Humanitude e os projetos AVIDAVALE e PORTO. IMPORTA-SE ambos direccionados para o combate ao isolamento social e à solidão das pessoas idosas, o primeiro situado em meio rural e o segundo em meio urbano.

Tentaremos discutir e reunir o que de melhor protagonizam estes projetos e os seus modus operandi, com vista à disseminação de práticas profissionais e de exemplos potencialmente replicáveis.

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Joana Guedes

Combatendo o isolamento social das pessoas idosas

O projeto Porto. Importa-se, iniciado em Outubro de 2017, fruto de uma parceria entre o Instituto Superior de Serviço Social do Porto e a Domus Social – Empresa de Habitação e Manutenção do Município do Porto, surge com o propósito de combater as situações de isolamento social das pessoas idosas residentes nos bairros de habitação social da cidade e de dar visibilidade às múltiplas situações de fragilidade que os atingem e que impossibilitam a vivência de um envelhecimento ativo. Entende-se que as múltiplas problemáticas vivenciadas pelas pessoas idosas, em especial a do isolamento social, têm que ser conhecidas e diagnosticadas pelos profissionais que operam no campo da intervenção social, na cidade do Porto. Deste modo, e partindo do paradigma político de envelhecimento ativo, pretende-se identificar as situações de risco no acesso a um conjunto de recursos sociais básicos que favoreçam a preservação do bem-estar, da saúde e a manutenção de redes sociais.

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O projeto de investigação-ação dirige-se a 1592 idosos isolados com 70 ou mais anos e 586 casais de idosos com 75 ou mais anos, residentes nos bairros de habitação social da cidade, aos quais será aplicado um protocolo de recolha de informação centrado na recolha de um conjunto de variáveis: sociodemográficas, de caracterização dos recursos económicos e sociais, de caracterização das condições habitacionais e de segurança, de avaliação da capacidade para executar as atividades de vida diária básicas e instrumentais e, ainda, variáveis relacionadas com a saúde e com a utilização de serviços e recursos locais.

Fabio Medina

projecto AVIDAVALE

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Apresentação do projecto AVIDAVALE que tem como objectivo principal a redução do isolamento social e territorial das pessoas idosas, que vivem em montes isolados no concelho de Odemira, no litoral Alentejano.

Leonor Mendonça

“Nunca é tarde demais – Novos conceitos de acessibilidade”

Tendo sido eleito pela segunda vez consecutiva o melhor destino turístico europeu pelos World Travel Awards, Portugal tem a responsabilidade acrescida de acreditar a acessibilidade universal nos serviços turísticos. Torna-se iminente considerar a importância de todos os segmentos e criar condições de uma oferta turística diferenciada, capaz de abranger as necessidades especificas dos públicos emergentes.

O conceito de turismo sénior tem evoluído ao longo dos anos, não sendo apenas e só uma forma de lazer comum, mas sim, um novo desafio, como fator decisivo no combate à sazonalidade. Quem nos procura pretende encontrar as condições adequadas às suas necessidades e viver uma experiência memorável, de acordo com as suas exigências e limitações, crenças e vontade própria, aproveitando ao máximo o que a vida tem de melhor – viver!

A capacitação dos intervenientes nesta experiência turística e a quebra de barreiras atitudinais relacionadas com a acessibilidade universal – Turismo para todos, é, a oportunidade de transformar uma oferta existente, numa oferta turística diferenciada capaz de se destacar das demais semelhantes. Desde a chegada à partida, é necessário a formação transversal de todos os intervenientes na prestação da oferta de serviços turísticos e complementares.

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